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sábado, 5 de dezembro de 2009

PROTEÍNA






A ingestão de proteínas é uma das maiores preocupações de um culturista, já que é este nutriente o responsável pela construção dos músculos, além de fazer parte da construção de diversos outros tecidos, tais como pele, unha, ligamentos, células nervosas, hormônios etc.  As proteínas são formadas por pequenos blocos nitrogenados denominados aminoácidos.  Cada aminoácido é uma unidade fundamental nos processos anabólicos.  Existem diferentes tipos de aminoácido, 22 ao todo.  Destes, 14 podem ser sintetizados pelo corpo humano através dos alimentos mas, 8 não podem.Estes 8 aminoácidos são denominados aminoácidos essenciais.
            A presença de todos os aminoácidos essenciais em quantias adequadas em um alimento irá formar uma proteína completa e só ela garantirá a manutenção da saúde e crescimento.  Proteínas completas são encontradas na carne, ovos, leite, peixe, enfim, proteínas de origem animal.
            Quando falta um ou mais aminoácido essencial em um alimento ou este/estes não são em quantia suficiente, a proteína é denominada proteína incompleta.  Nesta categoria encontram-se as proteínas vegetais, as quais ingeridas separadamente não podem garantir a manutenção da saúde ou crescimento.  No caso das proteínas vegetais, há a necessidade de fazer uma combinação de diferentes vegetais para obter toda a gama de aminoácidos essenciais, como é o caso da combinação de cereais e leguminosas (arroz e feijão) ou de cereais e oleaginosas (aveia e nozes).  Não é necessário que esta combinação seja feita em uma só refeição, pois as proteínas vegetais ingeridas com até 24 horas de intervalo se combinam no organismo para formar a cadeia de aminoácidos essenciais.  Mesmo assim, muitos vegetarianos passam a ingerir ovos, leite e carnes brancas para garantir a saúde; mas, se você não for vegetariano, não precisará se preocupar com isso.
            A ingestão de proteínas deve ser equilibrada.  Quando alguém ingere proteínas em quantias adequadas promove um balanço nitrogenado positivo, o que é importante para que os tecidos anteriormente mencionados sejam formados.  Se a ingestão for menor que o gasto, promove-se um balanço nitrogenado negativo, não havendo então crescimento muscular, mas deterioração da massa muscular existente, pois esta terá de fornecer nutrientes para o funcionamento orgânico.

Como então manter um equilíbrio nitrogenado positivo e garantir o crescimento?

            Para isso é necessário ingerir diariamente quantidades adequadas de proteínas.  A recomendação diária pelo RDA (E. C. Recommended Daily Allowance) para uma pessoa normal é de 0.8 gramas de proteína por quilo de peso ao dia (0.8 g/kg dia).  Uma pessoa, seguindo um programa de treinamento intenso, poderá ter suas necessidades protéicas aumentadas em 1.5 – 2.0 g/kg dia.  Porém, em se tratando de um culturista que treine intensamente e faça uso de farmacológicos, esta necessidade subirá para 3.0 – 4.0 g/kg dia.  Um culturista nestas condições, com 100 kg de peso corporal, deverá consumir diariamente cerca de  300 – 400 gramas de proteína de alto valor biológico dividido em diversas refeições, o que equivale a 1200 – 1600 Kcal só em proteína, já que 1 grama de proteína equivale a cerca de 4 calorias.

            Mas individualmente como regular esta quantidade?  Através de teste de laboratório (análise da urina), é possível determinar o estado nitrogenado, mas não há quem faça isso todos os dias, mesmo que tenha um laboratório em mãos.  Nesse caso o melhor é garantir as necessidades mínimas (1.5 – 2.0 g/kg dia) para uma pessoa em treinamento e em torno de 3.0 g/kg dia para quem estiver fazendo uso de esteróides e outros farmacológicos. Deve-se adicionar mais proteínas diárias também para quem esteja em período de muito lenta recuperação ou perdendo força e peso ou com deficiência de energia.

            Note o caráter interativo do treinamento.  Talvez os sintomas acima mencionados sejam relacionados com outros fatores, tais como a deficiência de carboidratos ou o treinamento inadequado, mas ainda assim pode ser um indicador válido para deficiência de proteína.
           
            Grande ingestão de proteína só se justifica caso a pessoa esteja engajada em um programa de treinamento sério, pois será aproveitado o necessário e o excesso será convertido em gordura e glicose, já que proteína não pode ser armazenada pelo corpo.  Muita proteína também pode causar desidratação e ser uma sobrecarga para os rins pela excessiva produção de uréia.  Para eliminar este problema é necessária a ingestão de mais fluidos (água).  Isso não significa beber 1 ou 2 copos de água a mais, e sim de 6 a 8 copos extra durante o dia, o que dará em torno de 1.5 – 2.0 litros de água extra.

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